Centro Comunitário Luiza Távora, em Fortaleza, sedia colóquio sobre tema “criança, cidade e meio ambiente”

Atividade encerra ciclo de oficinas, intervenções urbanas e colóquios promovidos pelo Projeto Primeira Infância é Prioridade – Ação Olhares Eco Protetores (Ifan, RNPI, ANDI e Petrobras) com instituições sociais da capital cearense

Na tarde de ontem (20), o público adulto do Centro Comunitário Luiza Távora (Farol), da SPS-CE, no Serviluz, em Fortaleza, participou de colóquio sobre a relação criança, cidade e meio ambiente. A atividade foi promovida pela Ação Olhares Eco Protetores na sede do C.C. como encerramento do ciclo de oficinas, intervenções urbanas e colóquios que a iniciativa vem realizando desde agosto com instituições sociais da capital cearense. A Ação Olhares Eco Protetores faz parte do Projeto Primeira Infância é Prioridade, realizado pelo Instituto da Infância (Ifan) em parceria com a Rede Nacional Primeira Infância (RNPI), ANDI – Comunicação e Direitos, e patrocinado pela Petrobras.

O objetivo do colóquio foi levar pais, mães e cuidadores de crianças em geral que moram no Serviluz a refletirem sobre o direito da criança à cidade e ao meio ambiente de qualidade, identificando aspectos presentes nos espaços públicos do bairro que retiram de meninos e meninas a chance de viverem em uma cidade mais lúdica, segura e ambientalmente sustentável. 

A supervisora administrativa Maria Teixeira Maciel, que costuma fazer cursos profissionalizantes do C.C. Luiza Távora, participou do evento. Para ela, o Mucuripe precisa de mais projetos como este, que olhem para as crianças carentes. Entre os desafios percebidos por ela no acesso das crianças do bairro a um espaço urbano equilibrado, ela destaca o despejo inadequado de resíduos em via pública: “O caminhão de lixo passa na segunda, na quarta e na sexta na minha rua, mas as pessoas colocam lixo na calçada na terça-feira. É incrível que a população não respeite! Existem placas com o aviso ‘não coloque lixo’, mas eles continuam colocando”.

Para Alana Aragão, gerente do Projeto Primeira Infância é Prioridade – Ação Olhares Eco Protetores e facilitadora do colóquio, o objetivo do evento foi alcançado: reunir as famílias para provocar o seu protagonismo. “Para além de falar sobre o direito da criança a viver em boas cidades, a gente buscou estimular a participação e a reflexão sobre os próprios atos dos participantes em seu dia a dia”, explica.

O colóquio contou com ciranda de integração para fortalecer o senso de coletividade, exibição da websérie documental “Infâncias, Cidade e Meio ambiente” (lançada este ano pelo Projeto Primeira Infância é Prioridade – Ação Olhares Eco Protetores) e dinâmica de “árvore situacional”. Neste último momento, os participantes se dedicaram à construção coletiva de soluções para problemas que eles mesmos apontaram como realidade do Serviluz. Alana conta que, ao fim do encontro, ficou “a sensação de que o grupo se sentiu mais integrado e entusiasmado em realizar ações em prol do bem estar da comunidade”.

Em prevenção ao coronavírus, o grupo dançou a ciranda sem dar as mãos
O colóquio foi facilitado por Alana Aragão, gerente do Projeto Primeira Infância é Prioridade – Ação Olhares Eco Protetores
O público assistiu aos 4 episódios da websérie “Infâncias, Cidade e Meio ambiente”

De acordo com Socorro Parente, coordenadora do Centro Comunitário Luiza Távora, a parceria com o Projeto Primeira Infância é Prioridade – Ação Olhares Eco Protetores aconteceu por indicação da Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos do Governo do Estado do Ceará (SPS-CE) e do Centro Comunitário Santa Terezinha. A unidade do Vicente Pinzón recebeu, neste mês, oficinas do Projeto com crianças e cuidadores que atende. “Diante da experiência no Santa Terezinha, eles acharam interessante que a atividade também fosse realizada aqui no Luiza Távora, fizeram essa ponte e eu fico muito feliz e satisfeita por terem se lembrado de nós”, comenta Socorro.

Atualmente o Centro Comunitário Luiza Távora (Farol) atende crianças e adolescentes de 6 a 17 anos nas atividades de capoeira, balé e futsal, nos turnos da manhã e tarde. Para a coordenadora da unidade, é necessário falar com os pais sobre o direito de seus filhos porque “a família precisa estar mais inserida nessa nova sociedade que estamos criando, ela precisa se preocupar com novos comportamentos. Para isso, a gente precisa conversar com as nossas crianças, e a família precisa estar interagindo, orientando e, principalmente, sendo exemplo”. 

Para Luzia Laffite, superintendente executiva do Instituto da Infância, quando cuidamos de uma criança, devemos voltar nossos olhos, intenções e conhecimentos para a promoção de seu desenvolvimento integral e integrado. Ela explica: “Integral porque estamos preservando e promovendo todos os direitos da criança, conforme estabelece a Convenção dos Direitos da Criança, criada pela ONU em 1989. Integrado porque o bem estar da criança é único. Ela está inserida em um ambiente físico, cultural e social, portanto todos os ambientes deveriam poder proporcionar uma vida digna e de qualidade para as crianças”.

Sobre o Centro Comunitário Luiza Távora (Farol)

O C.C. Luiza Távora (Farol) é uma unidade de execução direta da Coordenadoria de Proteção Social Básica e Segurança Alimentar e Nutricional da SPS-CE, e está localizada no Serviluz, próxima ao Farol do Mucuripe. Com o andamento da vacinação contra a Covid-19, as atividades do equipamento estão gradativamente retornando ao modo presencial, em atendimento a crianças, jovens, adultos e idosos da região do Cais do Porto.

Sobre o Projeto Primeira Infância é Prioridade e Ação Olhares Eco Protetores

O Projeto Primeira Infância é Prioridade nasceu em 2019, quando a Petrobras firmou o compromisso com a ANDI – Comunicação e Direitos (Secretaria da Rede Nacional Primeira Infância, RNPI) de patrocinar gestores e técnicos de instituições que atuam na rede de proteção a crianças e adolescentes em 100 municípios brasileiros.

Uma das frentes de atuação do Projeto é a realização de oficinas e campanhas com cuidadores e educadores em comunidades geograficamente situadas próximas a áreas de operação da Petrobras. Devido ao funcionamento da Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor) no bairro do Mucuripe, em Fortaleza, a região do Grande Mucuripe foi escolhida para receber atividades do Projeto por meio de um dos seus braços, a Ação Olhares Eco Protetores. Desde 2019, com execução do Instituto da Infância, a Ação vem promovendo encontros com famílias para abordar cuidados parentais, a prevenção à violência doméstica e os direitos das crianças.

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